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Campanha será apresentada hoje em evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, durante jantar de arrecadação de fundos ao reflorestamento dentro das metas do Action4Climate
São Paulo, 26 setembro de 2019 – A assinatura de um CEO ou líder de grande corporação pode mudar muita coisa. Se forem multiplicadas, podem mudar muito mais, principalmente no que diz respeito à questão ambiental. Então, que tal convocá-los a aceitarem firmar um acordo de redução de danos climáticos em suas empresas?
Sob esta premissa, a Rede Brasil do Pacto Global, braço da ONU voltado à sustentabilidade corporativa, junto à AlmapBBDO lançam o movimento #AceitaEstaCaneta / #TaKeThisPen.
A ideia é chegar aos principais líderes corporativos para que assinem o Action4Climate, projeto do Pacto Global que promove ações pontuais com a meta de limitar o aumento da temperatura da Terra a 1,5º C e chegar ao objetivo de zero emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) antes de 2050.
O lançamento da campanha #AceitaEstaCaneta / #TakeThisPen será feito hoje (26/9) à noite em evento paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, durante jantar de arrecadação de fundos ao reflorestamento e de engajamento de celebridades.
Na ocasião, serão entregues canetas personalizadas com convites para que a iniciativa privada assuma seu compromisso com o meio ambiente e assine o Action4Climate. Também será exibido um vídeo do projeto.
Obras dos artistas paulistanos Gêmeos e do fotógrafo francês JR serão leiloadas durante o evento, com os fundos revertidos para projetos de restauração, reflorestamento e regeneração natural de terras desmatadas e degradadas.
#AceitaEstaCaneta / #TakeThisPen se prolongará nas redes sociais. A intenção é que a mensagem se espalhe pelas redes e engaje o público a aderir ao movimento postando fotos suas com canetas e chamando a atenção da sociedade civil para a urgência de assinar o Action4Climate.
Sobre a Action4Climate
Iniciativa lançada pela Rede Brasil do Pacto Global para promover ações climáticas baseadas em metas definidas pela ciência. Elas envolvem três frentes: mitigação, ou redução dos efeitos da mudança do clima; meios de implementação, ou seja, formas de garantir o financiamento e execução das ações; e adaptação, que corresponde a projetos para ajudar as empresas a lidar com mudanças previstas ou em andamento.
No contexto da Action4Climate, a Rede Brasil está envolvendo as empresas em uma campanha mundial do Pacto Global para limitar o aumento da temperatura global a 1,5º C acima de níveis pré-industriais e chegar ao objetivo de zero emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) antes de 2050. No Brasil, Malwee, Natura e Klabin assumiram compromisso público com as metas baseadas na ciência e definidas pelo Science Based Targets Initiative (SBTi), instituição independente que avalia a redução de emissões de gases das indústrias resultado de parceria entre CDP, Pacto Global, WRI e WWF. Outras 87 empresas em todo o mundo estão envolvidas.
Para as empresas que ainda não se sentem confortáveis com a meta de 1,5º C, a Rede Brasil lançará durante a COP25, no Chile, um guia de implementação para a adaptação gradual ao tema e o compromisso de assumir a meta de 1,5º C em um futuro próximo. A Rede também está promovendo capacitações em precificação de carbono para gerar mais conhecimento sobre iniciativas de mitigação das mudanças do clima.
Precificar carbono significa atribuir um preço às emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE), cuja concentração elevada colabora para a mudança do clima. Apesar de contarmos com fatores que nos diferenciam dos demais países, como uma matriz energética mais limpa, a nossa média de emissão per capita está acima da mundial, 8,5 contra 7,5 toneladas por habitante no mundo.
De acordo com dados do Banco Mundial, 57 ações de precificação de carbono já foram implementadas ou estão em fase de implementação ao redor do mundo. Em 2018, a receita decorrente da precificação chegou a US$ 66,6 bilhão, embora as iniciativas existentes cubram apenas 20% das emissões globais. No Brasil, o setor tem potencial para crescer nos próximos anos. De acordo com o FMI, a receita decorrente da precificação de carbono pode ser responsável por mais de 1% do PIB brasileiro em 2030.